segunda-feira, 16 de abril de 2012

Projeto de reflorestamento com eucalipto recebe Certificado de Carbono temporário


Foto: Oly.e300
Um projeto de reflorestamento no Brasil, o Plantar, tornou-se o primeiro no mundo a obter Certificados de Redução de Emissões temporários (tCERs, em inglês). Foram 4,1 milhões de créditos de carbono emitidos para a iniciativa na sexta-feira, 13 de abril, por meio da Organização das Nações Unidas (ONU).


O projeto já até possui comprador: o Fundo BioCarbon, administrado pelo Banco Mundial e composto por alguns governos europeus e grandes corporações emissoras de gases estufa situadas em países como o Japão.

O projeto Plantar gera CERs plantando eucalipto para suprir o uso de carvão vegetal na indústria de ferro e aço do Brasil, além dessas serem usadas como escoadouros de carbono. De acordo com os administradores, ao longo de 28 anos, a iniciativa diminuirá a concentração de CO2 na atmosfera em, aproximadamente, 12,8 milhões de toneladas. Desde 2001, o projeto é apoiado por fundos do Banco Mundial.

Para desenvolver o projeto, a Plantar Carbon utiliza uma área plantada de 11 mil hectares de eucalipto (de um total de 23 mil hectares). Uma das determinações do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é que o reflorestamento aproveite metade da extensão dos locais de pastagens, no intuito de não estimular o desmatamento para esse fim. Com o tempo, a madeira que será formada originará o carvão vegetal, que por sua vez contribuirá para a produção siderúrgica de ferro-gusa.

Certificados

Para que as economias desenvolvidas possam se adequar às reduções dos Gases de Efeito Estufa (GEE's) foi criado, no âmbito do Protocolo de Kyoto, o MDL. Por meio dele, é possível obter as reduções certificadas de emissões, os chamados créditos de carbono, com projetos sustentáveis e comercializá-los no mercado internacional.

Os Certificados de Reduções de Emissões temporários são emitidos a projetos de reflorestamento enquadrados sob o MDL, para representar a não permanência desses tipos de atividades.

Há pouca demanda por esse tipo de crédito devido ao prazo de validade do certificado, que expira no fim do Protocolo de Kyoto (dezembro de 2012).
Fonte: EcoD

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Top WordPress Themes